domingo, 23 de janeiro de 2011

Bissexualidade em alta

Por: Igor Corrêia 
Nos tempos de outrora poderia até ser um tabu; mas hoje, ela rouba a cena nos palcos sexuais do mundo inteiro. Estou falando dela, da bissexualidade. Está cada vez mais comum essa história de homens casados ou solteiros saírem com outros homens, e mulheres ficarem com outras mulheres. Na verdade isso sempre existiu, mas com um toque de discrição. Não poderia escacaviar esse assunto sem falar do meu querido e idolatrado Freud; para ele, o ser humano é biologicamente bissexual. Nasceríamos com um impulso sexual dirigido tanto para pessoas do sexo oposto como para as do mesmo sexo, e a orientação sexual seria determinada na infância. Uma vez a criança sendo bloqueada pelos pais, poderia no futuro desenvolver problemas psíquicos: como a gagueira, dificuldade de interação social, síndrome do pânico (medo) e até mesmo a depressão.
Atualmente podemos dizer que a bissexualidade inclina para uma tolerância social. Diversos fatores fizeram com que estejamos vivendo um momento de transformação das mentalidades. É importante citar o surgimento da pílula, nos anos 60, que permitiu à mulher definir sua vida sexual, e também a desconstrução da sociedade patriarcal, que trouxe efeitos permissivos a cada membro da família.  Pesquisas mostram que a grande maioria já sentiu atração pelo mesmo sexo e talvez por convenções sociais, não se permitiram. Nos EUA 40% dos homens casados são bissexuais; com tudo, os casos extraconjugais rolam soltos, não deixando a “traição”, melhor dizendo, a “tradição” morrer. Já na Europa esse número sobe para 55%. Vale dizer também que esses tipos de homens escondem sua bissexualidade e não andam em lugares GLS; muitos até são homofóbicos para que o disfarce se torne mais real.
Nessa categoria, não poderíamos esquecer dos mais jovens, ainda não casados, de classe média ou alta que escondem sua bissexualidade atrás da denominação “metrossexual”, isso não quer dizer que todo metrossexual seja bissexual, mas o conceito é usado para camuflar sua verdadeira orientação. As mulheres também descobriram essa prática prazerosa e recheada de fetiches. Hoje uma a cada três mulheres é bissexual.
Em suma, o ser humano possui uma necessidade inata de fazer sexo. Há pessoas que gostam de se satisfazer de forma homo (mesmo sexo), outras de forma hetero (sexo oposto); e há quem goste das duas formas; e é bem provável que essas pessoas sejam as mais felizes e realizadas, uma vez que sendo bissexual aumenta para 50% as chances de se achar um parceiro.
Talvez por isso a bissexualidade seja uma tendência e esteja tão em alta.

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