quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Região tem 4 cidades entre as cem com mais portadores de HIV


Barretos é a 21ª no Brasil; Ribeirão, Bebedouro e Americana completam a lista

01/12/2010 - 19:48
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Quatro cidades da região ficaram entre os cem municípios brasileiros com mais casos de Aids para cada grupo de 100 mil habitantes. Ribeirão Preto, Barretos, Bebedouro e Americana estão no ranking divulgado nesta quarta-feira (1º) pelo Ministério da Saúde, no Dia Mundial de Luta contra a Aids.
Barretos tem a pior situação entre os municípios paulistas, ocupando a posição 21° no ranking, com 51,9 pessoas infectadas em cada cem mil habitantes. Ribeirão Preto está na 32° posição, com 46,7, e Bebedouro na 62°, com 37,4. Americana está na posição 92 e a taxa de incidência é de 30,7 casos por cem mil. Os dados do Ministério levam em consideração as cidades com mais de 50 mil habitantes.
Segundo a Prefeitura de Americana, 596 testes de detecção do HIV foram feitos na cidade até terça-feira (30). Com isso, o município atingiu a meta de exames estipulada para este ano. A prefeitura deve adquirir um veículo para rodar a cidade e fazer a coleta de sangue como parte do Programa Municipal de DST/Aids. O objetivo é melhorar o acesso da população ao aconselhamento e testes das doenças sexualmente transmissíveis, o que deve começar no início de 2011.
A Aids matou mais de três mil pessoas e foram registrados cerca de oito mil casos no Estado em 2009. Neste ano, até agora, foram registrados aproximadamente três mil casos.
Região
Outras cidades divulgaram números atualizados sobre a situação da doença, veja abaixo:
Araraquara
Atualmente, 720 portadores do vírus HIV são tratados na cidade. No total, são 518 pacientes com AIDS, 179 portadores do vírus, 13 adolescentes com a doença, três crianças portadoras de vírus e mais sete crianças filhas de mães portadores de HIV.
Em 11 anos (1998 a 2009), Araraquara registrou 1.442 casos, a faixa etária mais atingida é dos 30 aos 39 anos, com 606 casos; e, dos 20 aos 29 anos, com 413 casos. O número de óbitos chegou a 792 no período.
Campinas
O número de pessoas notificadas com HIV em Campinas apresenta estabilidade nos últimos três anos. Em 2007 eram 235, no ano seguinte o número caiu para 225, porém em 2009 voltou a subir, chegando a 232. Segundo a médica Cláudia Barros, coordenadora do Programa Municipal de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids (DST/Aids), só é considerado queda nos casos da doença quando os números apontam uma redução de, no mínimo, 10%.

No começo da década de 90, quando se começou a fazer as estatísticas da doença, a cidade registrou 2.720 casos de pessoas com o vírus. De 2000 a 2006 foram 2.112 notificações. Atualmente, cerca de 3 mil pessoas recebem acompanhamento da doença em Campinas.
Ribeirão Preto
Desde que o primeiro caso da doença foi registrado na cidade, em 1984, foram notificados 4.875 casos. Assim como os números gerais do Estado, Ribeirão também registra diminuição do número de óbitos. Em 2007, foram 80 mortes; no ano seguinte, o número caiu para 71; no passado, foram 68, e até novembro, 2010 registra a morte de 58 portadores do vírus.
Por ser uma rota do tráfico internacional de drogas e, consequentemente, ter uma população mais suscetível ao uso de drogas injetáveis, Ribeirão chegou a ter, na chamada segunda fase da epidemia (de 1987 a 1991), a transfusão sanguínea como principal forma de transmissão do vírus. Atualmente, as relações sexuais lideram os números de infecções.
São Carlos
Desde 1987, São Carlos já registrou 1.665 casos de Aids, com 636 óbitos, conforme dados da Secretaria Municipal de Saúde. São atendidos 1.029 pacientes na atualidade.
Em 2010, foram notificados até segunda (30), 15 casos novos do sexo feminino e 49 casos do sexo masculino. A maioria em relação a estado civil e sexo são mulheres e homens casados. A maioria dos casos tem baixa escolaridade. A faixa etária mais atingida em 2010 são mulheres de 25 a 29 anos e homens de 30 a 34 anos.
Poços de Caldas
A principal cidade do Sul de Minas não realizou testes de HIV nos últimos anos. Em 2010, o Centro de Testagem foi retomado e, até agora, foram registrados 44 casos. Por conta da falta de dados, não há como saber quantas pessoas estão com a doença atualmente no município, segundo a coordenadora do Programa DST/AIDS, Cilmara dos Santos Molina Lopes.

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